Frieza, até depois de presa: mãe que mandou matar o filho só se preocupava em recuperar dinheiro apreendido

Publicado: 24/06/2012 em Geografia Cultural
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Maria Selma: mesmo depois de presa, crueldade

Eram 8h32m de 22 de maio quando Maria Selma Costa dos Santos fez a primeira ligação do seu último dia em liberdade. Telefonou para o motorista. Em seguida, para o segurança. Ela queria se certificar de que os funcionários chegariam no horário, porque tinha programado uma viagem a Petrópolis, às 9h. Acabou saindo de casa num carro da 59ª DP (Caxias), a caminho da prisão.

Antes de sair, recebeu uma ligação. Do outro lado da linha, estava a diarista Maria José da Silva Irmã. Com a voz ofegante, disse que se encontrava na delegacia e pediu que a patroa avisasse o marido dela. Em tom frio, Maria Selma respondeu que estava com a polícia, como se a notícia da prisão fosse insuficiente para afetar a firmeza com que costumava falar.

E se queixou. Não por ter a viagem a Petrópolis frustrada. Na frente dos policiais, encenou uma representação pouco convincente de uma idosa com a saúde debilitada, que não poderia mais ir ao médico. Era o fim de um tormento de testemunhas, entre familiares, vizinhos e funcionários, que viviam uma rotina de intimidações e ameaças, com depoimentos supervisionados por um advogado a serviço de Maria Selma.

Mas não era o fim das conversas telefônicas, grampeadas com autorização judicial para solucionar um crime que chocou o país: a execução de um empresário, morto a tiros na frente da casa da mãe, no Centro de Duque de Caxias, acusada de pagar R$ 20 mil pelo assassinato.

Depois de presa, Maria Selma falou com familiares, com um advogado e com a mãe de santo identificada como Cida. Enquanto familiares reagiam com consternação, a idosa não perdia a tranquilidade e a forma enérgica de falar. Mesmo cercada por fotógrafos na delegacia, tinha em mente a mesma preocupação que a teria motivado a planejar a morte do próprio filho: dinheiro. Só queria que fossem recuperados os R$ 147 mil apreendidos pela polícia na sua casa.

O trabalho da polícia

Mais de 6 mil escutas

A polícia teve acesso a mais de 6 mil conversas telefônicas autorizadas pela Justiça durante três meses para solucionar o assassinato do empresário José Fernandes dos Santos Reis, na tarde de 29 de novembro do ano passado. Mas foi a confissão da diarista Maria José da Silva Irmã que incriminou a idosa.

Prisão preventiva

As três pessoas acusadas de participação no crime foram presas temporariamente no dia 22 de maio deste ano, pela 59ª DP. Na última terça-feira, a 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, decretou a prisão preventiva do trio por homicídio qualificado.

A investigação

Mesmo após as prisões, a polícia seguiu com as investigações e, agora, tenta obter a quebra do sigilo telefônico. Desta vez, o alvo da polícia é o segurança de rua Isaque Paula de Moraes. A polícia quer saber se ele contou com a participação de comparsas no crime.

Testamento falso?

A polícia investiga se um testamento que daria autonomia a Maria Selma encontrado na casa dela foi falsificado.

Marido desconhece

A suspeita surgiu após o depoimento do marido dela, José Geraldo dos Santos Reis, o Cazeca, de 91 anos. Ele disse que desconhece ter assinado um testamento. Se o crime for comprovado, Maria Selma também será indiciada por falsificação de documento público.

Mãe teria pago milícia para matar seu filho

Maria Selma: idosa está presa há um mês pelo assassinato do filho

Mais uma vez, os grampos telefônicos podem ajudar na investigação da morte do empresário José Fernandes dos Santos Reis, executado a tiros na frente da casa da mãe, no Centro de Duque de Caxias, na tarde de 29 de novembro do ano passado. Para Investigar a suposta participação de milicianos no crime, a polícia solicitou ontem à Justiça a quebra do sigilo telefônico de Isaque Paula de Moraes, de 22 anos, acusado de ter cometido o crime por R$ 20 mil — pagos pela mãe da vítima, Maria Selma Costa dos Santos, acusada de encomendar o assassinato.

A polícia irá investigar uma informação anônima, fornecida pelo Disque-Denúncia (2253-1177), sobre uma possível participação no crime de três integrantes da milícia que atua no Parque Fluminense, bairro de Duque de Caxias onde Isaque trabalhava como segurança de rua. A denúncia dava os apelidos dos milicianos: Mamute, Cacalino e Lagarto.

— Pedimos a quebra do sigilo telefônico para fazermos o cruzamento de dados para tentar identificar os outros autores — adiantou o delegado Márcio Esteves, da 59 DP (Duque de Caxias), responsável pela investigação do assassinato.

A principal hipótese da polícia, até agora, é que o crime foi cometido por Isaque, no carona de uma moto e com o apoio de outros dois comparsas. Além de Isaque, a polícia prendeu, há um mês, Maria Selma, de 70 anos, e a diarista Maria José da Silva Dias Irmã, acusada de pagar os R$ 20 mil a Isaque pelo crime.

Na última terça-feira, a 4 Vara Criminal de Duque de Caxias decretou a prisão preventiva dos envolvidos.

Mãe acusada de matar o filho ameaçava testemunhas do crime

Maria Selma foi presa temporariamente, acusada de encomendar a morte do filho

Magra e de baixa estatura, Maria Selma Costa dos Santos, de 70 anos, possui um biotipo frágil. Mas tinha atitudes e hábitos que causavam calafrios naqueles que conviviam com ela.

Não esboçou reação de dor no enterro do filho, o empresário José Fernandes dos Santos Reis, morto a tiros na tarde de 29 de novembro de 2011, na Rua José de Alvarenga, Centro de Duque de Caxias. Apenas se aproximou do caixão, olhou para o filho e voltou a sentar, sem as lágrimas que costumam acompanhar o sofrimento de uma mãe que perde um filho.

A frieza no enterro reforçou as suspeitas de quem achava que ela estava por trás do crime, ocorrido no momento em que o filho saía do escritório montado na casa onde ela morava. Mas não houve quem ousasse enfrentá-la. Vizinhos e empregados chamados à delegacia eram ameaçados, caso expusessem as brigas entre Maria Selma e o filho. Depois, eram orientados pelo advogado dela e entregavam cópias dos depoimentos à idosa, que construía um dossiê próprio.

Com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a polícia registrou diálogos em que Maria Selma dizia se sentir acuada pelo depoimento de uma enfermeira, capaz de relatar como era a convivência dela com o filho morto.

A enfermeira foi contratada cinco meses antes do crime para cuidar do marido dela, José Geraldo dos Santos Reis, conhecido como Seu Caseca. Aos 91 anos, o idoso estava com a coluna fraturada, abaixo do peso e em condições precárias de higiene — na época, só tomava banho a cada 15 dias, quando uma das filhas ia visitá-lo.

Dinheiro ligava a família

O ambiente era impessoal. Quem convivia no casarão de cinco quartos da Rua José de Alvarenga, que virou cena de crime, garante que o dinheiro era o único elo familiar. Segundo pessoas próximas, só pai e filho tinham uma relação de carinho. Aliás, a casa virou motivo de briga entre mãe e filho. Fernandes queria pagar para passar o imóvel para o seu nome. A mãe não queria.

Na pior das brigas, a mãe acusou o filho de ladrão. Revoltado, ele disse que a agrediria, se ela fosse homem. O desaforo feriu o orgulho de mãe, atingindo a armadura emocional que ela gostava de exibir. Maria Selma passou a chorar. Dizia que a relação com o filho já tinha sido boa. Mas que ele iria pagar.

Fragilizado, Seu Caseca decidiu deixar a casa. Alheio às ameaças da mãe, Casequinha — como a vítima era conhecida na família — levou o pai para o seu apartamento na Barra, Zona Oeste do Rio, um mês antes de morrer.

Abandonada, Maria Selma passou a arquitetar a morte do filho para administrar o patrimônio milionário da família. Porque ele foi o único que ousou enfrentá-la. Após a morte de José, Maria Selma se mudou para uma cobertura da família, na mesma rua. E nunca mais colocou os pés na casa.

HISTÓRIAS DA IDOSA

Briga pelo patrimônio – Maria Selma orientou o advogado a levantar os bens da família, que tinha mais de 30 imóveis, em Duque de Caxias e em áreas nobres do Rio. Ela estava descontente com a expansão dos negócios do filho, que administrava o patrimônio da família e só prestava contas ao pai.

Hábitos estranhos – Maria Selma costumava fumar até dois maços de cigarro por dia. Na maioria das vezes, na varanda da casa da família. E tinha o estranho hábito de encher pelo menos cinco potes de iogurte com as cinzas. O curioso é que ela guardava os potes em cima da pia da cozinha.

Armas na cintura – Quando discutia, Maria Selma gostava de repetir uma história. Dizia que, certa vez, funcionários da prefeitura iriam tomar posse de um terreno da família. E, na ocasião, ela $ao local com duas armas na cintura, para impedi-los. Nenhum familiar desmentiu a história.

Passado suspeito – Um crime, ocorrido há mais de 30 anos, era tido como um mistério familiar. Na época, a família não aprovava um namoro da caçula de Selma, que tinha apenas 15 anos. O namorado foi morto a tiros, na porta de casa. A autoria do crime nunca foi desvendada.

 

Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/mae-acusada-de-matar-filho-ameacava-testemunhas-do-crime-5029096.html#ixzz1ykNv8BFF

comentários
  1. negriara disse:

    Os comentários aqui postados são utilizados para analisar a reação do público diante de crimes praticados por mulheres:

    Cleirci Figueiredo da Silva
    COM UMA MÃE DESSA, NINGUÉM PRECISA DE INIMIGO.
    Essa mulher não tem ideia de quanta maldição ela derramou sobre si mesma. Mandou executar aquele que a ampararia em sua velhice e no final dos seus dias. Tomara que ela nunca mais saia da prisão porque ela não tem direito a viver em sociedade, é um monstro.

    jesusmeabane
    Essa velha e uma maluca , mandar matar o filho ,tirar uma vida estragar a dela que ja esta no fim ,pra que uma pessoa com 70 anos vai querer tanto dinheiro isso e coisa do demonio…

    Zeni
    Graças a Deus, Foi para o inferno! Inferno vai ser a vida dessa velha daqui para frente, ganaciosa, bruxa maldita, tem que apodrecer na cadeia, ela não vai precisar de dinheiro pra levar pro inferno qdo morrer.

    duff
    Essa velha é uma maldita, agora ela vai administrar os bens atrás das grades.

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