Governo anuncia novos dirigentes da Polícia Civil de Minas

Publicado: 23/03/2012 em Criminalidade, dados, Feminino, Geografia Cultural, Iara Félix, Minas Gerais, Segurança Pública, sociedade, violencia

NEGRIARA

O governador Antonio Anastasia anunciou nesta sexta-feira (23) os nomes dos novos dirigentes da Polícia Civil de Minas Gerais. O Corregedor Geral de Polícia Civil do Estado, Cylton Brandão da Matta, assumirá a chefia da corporação no lugar do delegado-geral Jairo Léllis.
O chefe-adjunto de Polícia Civil, delegado-geral Jésus Trindade Barreto Júnior, também deixará o cargo. Em seu lugar, assume a delegada-geral Maria de Lurdes Camilli, atualmente chefe do 5º Departamento de Polícia Civil, sediado em Uberaba.
Nesta manhã, Jairo Léllis Filho colocou o cargo à disposição. A decisão foi tomada em conversa com o governador Antonio Anastasia nessa quinta-feira (22).
Cylton Brandão da Mata ingressou na Polícia Civil de Minas como delegado em 1986. Atuou como titular nas comarcas de Paracatu, Lagoa Santa, Montes Claros, Manga, Capim Branco, Santa Luzia e Belo Horizonte. Foi coordenador da Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte entre os anos de 1996 e 1999, subcorregedor de Polícia entre os anos de 2003 a 2006 e delegado regional de Uberaba, entre 2006 e 2007. Foi diretor-geral da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais (Acadepol) entre 2007 e 2011 e, atualmente, atua como Corregedor Geral de Polícia Civil de Minas.
Maria de Lurdes Camilli ingressou na Polícia Civil em 1984, como escrivã na Delegacia Regional de Segurança Pública de Juiz de Fora. Em 1985, tornou-se delegada e, em 1986, assumiu a titularidade da Delegacia de Crimes Contra a Mulher em Poços de Caldas. Em 1987, assumiu a Delegacia de Crimes Contra Mulher de Ituiutaba e, em 2005, a diretoria geral da Acadepol, sendo a primeira mulher a ocupar este cargo. Foi também chefe do 10º Departamento de Polícia Civil, sediado em Patos de Minas.

 O que pensamos sobre:

 Essas mudanças devem ser vistas como normais em qualquer contexto organizacional. Secretários (e o Chefe da Polícia Civil tem esse status)saõ funções governamentais para a viabilização das políticas públicas estatais. Um secretário não é, nem nunca foi, um representante de classes. Fico admirado com a falta de conhecimento sobre o jogo político de alguns representantes da classe dos policiais civis. É comovente a ignorância política dessas pessoas. E, o pior, que são seguidas por muitas outras. Não quero aqui dizer que a segurança pública vai otimamente bem em Minas. Mas, percebo nas matérias jornalísticas que há muita emoção e muito radicalismo em alguns setores da Polícia Civil. Com isso deslocam-se para um perigoso isolamento na arena política. A Polícia Civil tem que parar de eleger inimigos, parar de justificar sua falta de gestão administrativa, uma vez que, alegam, não crescem por causa dos Coronéis da PM. Tem que parar de levantar a bandeira contra o poder investigatório do MP, já previstos em Acordos Internacionais ratificados pelo Brasil, Leis, Resoluções, etc. Tem que parar de utilizar em suas análises de conjuntura, teorias de segurança pública da década de 80 e já absoletas, ou sejam, tem que recontextualizar os seus pensamentos. Espero, do fundo do meu coração, que não só a Polícia Civil, mas todos os órgãos responsáveis pela minha segurança e a de meus familiares, evoluam, cresçam, sejam mais eficientes. Todos. Todos. Mas, principalmente, ao que me parece, a nossa honrada Polícia Civil. Temos que ter uma Polícia Civil forte e eficiente. Mas isso passa por gestão eficiente e moderna e postura forte na arena política, com argumentações consistentes, projetos modernos e, sobretudo, posicionamento forte na arena política, coisas que o radicalismo isolado para o qual caminha nunca a ofertará.

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