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Uma mulher de 22 anos sofreu uma tentativa de estupro na noite dessa quinta-feira (22) em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, a casa da jovem, que mora com o marido no bairro Caieiras, foi invadida por um homem armado com uma faca e encapuzado.
Segundo o companheiro da vítima informou aos militares do 36º batalhão, o criminoso surpreendeu sua esposa no momento em que ela saída do banho, já que o banheiro fica do lado de fora da residência. Quase dentro da casa, o suspeito agarrou a jovem pelas costas, mas a mulher conseguiu virar o corpo, segurar a faca e gritar por socorro.
Assustado com a reação da vítima, o homem fugiu correndo em direção a um matagal da região, onde foram feitas buscas com o auxílio de cães farejadores e de um helicóptero durante o fim da noite dessa quinta e início da madrugada desta sexta-feira (23). Porém, até a manhã desta sexta, o criminoso ainda não havia sido identificado ou localizado.
Depois da tentativa de estupro, a jovem ligou para a irmã e foi levada pelo marido ao Hospital Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. Conforme o plantão policial da unidade de saúde, a mulher sofreu um corte na mão direita e não corre risco de morte. No entanto, a jovem teve que ser internada, uma vez que ficou em estado de choque.
Em conversa com os policiais, o marido da jovem revelou que depois do ocorrido ele pretende mudar de casa, onde mora de aluguel.

NEGRIARA

Agressão foi em uma escola em Coronel Fabriciano.
Motivo seria um bilhete apreendido pela professora.

Uma professora foi agredida dentro da sala de aula em Coronel Fabriciano, na Região do Vale do Aço, em Minas Gerais. Um vídeo mostra o momento em que uma aluna dá um tapa no rosto da professora.
A agressão aconteceu na Escola Estadual Rotildino Avelino. Um aluno tentou controlar a confusão, mas a agressora ainda deu outro tapa no rosto da professora, ao sair da sala. Segundo a superintendente de ensino de Coronel Fabriciano, Maria do Carmo Silva Melo, a estudante se irritou porque a professora pegou um bilhete que estaria sendo passado pela aluna a uma colega de classe.
O conteúdo do bilhete não foi revelado. A superintendente disse ainda que foram tomadas medidas educativas e que a professora já desculpou a aluna. O Conselho Tutelar disse que vai levar o caso ao conhecimento do Ministério Público.

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Pela determinação de Anastasia, a partir de agora as estatísticas de crimes violentos terão que ser divulgadas mensalmente

frederico haikal/arquivo

cadaver

Conforme denúncias, alguns homicídios eram relatados como encontro de cadáver

Após denúncia exclusiva do Hoje em Dia sobre suposta maquiagem de dados criminais, com manipulação de Boletins de Ocorrências, o governador Antonio Augusto Anastasia voltou atrás e determinou que os dados sobre a criminalidade em Minas Gerais, referentes a 2011, sejam divulgados pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) no próximo dia 27. Conforme decisão do governador, a partir de agora as estatísticas de homicídios, tentativas de homicídios, estupros, roubos e roubos à mão armada terão que ser divulgadas mensalmente.

No dia 6 deste mês, o Hoje em Dia noticiou que policiais militares seriam obrigados a redigir ocorrências como se os crimes fossem os menos agressivos, por recomendações de seus comandantes, para “melhorar” os indicadores. O objetivo, segundo denúncias, seria reduzir estatísticas de crimes violentos e cumprir metas anuais da Seds.

Para tanto, um homicídio era registrado como encontro de cadáver e uma tentativa de homicídio virava lesão corporal. Por sua vez, lesão corporal passava a ser registrada como agressão e, agressão, virava atrito verbal. Já o roubo (com emprego de arma) seria lavrado como um simples furto (sem uso de arma).

O governador determinou ainda a revogação de memorando que proíbe os batalhões da Polícia Militar de divulgar dados sobre criminalidade violenta em Minas Gerais.

Nesta manhã, o secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, declarou que os comandos das polícias mineiras foram orientados a não repassar as estatísticas para a imprensa. “Estávamos apenas pedindo que não divulgassem os números antes da secretaria. Não vamos rever essa posição”, explicou Andrada.

Questionado sobre a maquiagem dos boletins de ocorrências registrados pela Polícia Militar, Lafayette Andrada negou o procedimento. Foi a primeira vez que o secretário se manifestou sobre o assunto. Ele classificou os casos ocorridos como isolados e com erros de interpretação e afirmou que uma das provas apresentadas pela reportagem é um caso atípico e que não existe algum tipo de orientação do governo do Estado de maquiar os registros. “Já foi mandado apurar o que aconteceu. Erros acontecem em todas as profissões”, justificou o secretário.

A divulgação dos números sobre a criminalidade violenta no Estado é divulgada pela Seds, assim como ocorre em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Paraná. As demais estatísticas de criminalidade, de acordo com o Governo, podem ser consultadas por meio de informações da Diretoria de Estatísticas da Seds, nos batalhões e delegacias regionais das 18 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) de Minas.

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Crimes violentos aumentaram cerca de 11% em 2011 em Minas Gerais, conforme números divulgados nesta quarta-feira (29)

Toninho Almada/Arquivo Hoje em Dia

Violencia

No esquema, homicídios eram registrados como encontro de cadáver

As estatísticas de criminalidade em Minas Gerais nos últimos cinco anos podem ser alvo de uma auditoria. O requerimento foi redigido por deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), após denúncias publicadas pelo Hoje em Dia sobre maquiagem de Boletins de Ocorrência (BO) e manipulação dos dados. Assim que for aprovado, o pedido será encaminhado ao governador Antonio Anastasia. Nesta quarta-feira (29), a Secretaria de Defesa Social (Seds) divulgou os dados de criminalidade no Estado em 2011. Segundo as estatísticas,  a taxa de crimes violentos em Minas Gerais – homicídios, tentativas de homicídios, estupros, roubos e roubos a mão armada – aumentou 10,80% em 2011, em comparação a 2010.

A sugestão da auditoria foi apresentada pelo professor da PUC Minas e ex-secretário de Estado de Defesa Social, Luís Flávio Sapori, durante audiência pública conjunta das Comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública, nesta quarta-feira. Segundo ele, existem fortes indícios de que os dados sobre a violência em Minas estão sendo “maquiados”. O pesquisador advertiu ainda que, nos últimos anos, aumentou muito o registro de “encontro de cadáveres” no Estado, enquanto as estatísticas de “homicídios” vêm diminuindo. “Esta é uma indicação clara de que alguma coisa está errada”, disse Sapori.

Já o deputado Sargento Rodrigues (PDT), um dos autores do requerimento para a realização da audiência pública, afirmou que o esquema prejudica o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a área de segurança. “A maquiagem dos dados provoca a elaboração de políticas públicas equivocadas. É preciso seriedade para tratar o problema”, afirmou o parlamentar.

O subsecretário de Integração da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Frederico César do Carmo, afirmou que diariamente são produzidos mais de 6.000 Registros de Eventos de Defesa Social (Reds), e que a imprensa se baseou em meia dúzia de registros “mal feitos e mal redigos” para publicar a denúncia. “Não se pode pegar meia dúzia de registros apresentados à imprensa e achar que eles representam a totalidade de Reds”, afirmou.

Sobre a possibilidade de uma auditoria nos dados publicados pela Seds, o subsecretário garantiu que não há motivos para se preocupar. “Se o governador aceitar o requerimento de auditoria, ela será realizada com tranquildiade e transparência”. Ele disse ainda que a possibilidade de uma auditoria já havia sido discutida internamente.

Pressão sobre policiais para “maquiar” violência

Por outro lado, representantes da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra) e do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol) confirmaram a pressão sobre os policiais civis e militares para “maquiar” casos de violência registrados no Estado.

O coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Aspra, Luiz Gonzaga Ribeiro, confirmou que os militares recebem orientação de comandantes para subnotificar crimes violentos e disse que os policiais que não cumprem as orientações sofrem punições. “Os militares sofrem um processo pesado de assédio moral, como represálias veladas. Eles são punidos na avaliação de desempenho, na avaliação de ficha de promoção e com transferências, o que não configura uma punição formal, denunciou.

Já o presidente do Sindipol, acrescentou que, para aumentar a estatística de apreensão de drogas, os policiais estão fracionando as quantidades capturadas. “A maquiagem de ocorrências acontece de duas formas. Nos crimes violentos há um eufemismo e, no caso da apreensão de drogas, acontece uma maximização, criando uma falsa percepção de que a polícia está acabando com o tráfico de drogas nas ruas”, apontou.

O pedido de auditoria foi motivado por denúncias sobre um esquema de maquiagem de boletins, publicadas na edição de 6 de fevereiro. Segundo denúncias de policiais, o objetivo seria reduzir estatísticas de crimes violentos em Minas Gerais e cumprir metas anuais estabelecidas pela Seds. Nesse sentido, um homicídio era registrado como encontro de cadáver e uma tentativa de homicídio se transformava em lesão corporal.

Estatísticas

Após as denúncias de manipulação dos dados, a Seds divulgou que a taxa de crimes violentos no Estado quase aumentou 11% em 2011, em comparação com o ano passado. Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a taxa de crimes violentos aumentou de 28.197 em 2010, para 32.680 em 2011, o que representa um aumento de 14,5%. Em Belo Horizonte, a taxa subiu em 11,4%. Em números absolutos, o crescimento foi de 17.369 ocorrências para 19.487.

Os dados foram levantados pelo Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds) com base nas ocorrências registradas no Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), no banco de dados da Polícia Militar (SM-20) e na Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV). Em 2011, o número de ocorrências aumentaram de 50.625 para 56.593.

Nas estatísticas sobre homicídios, Minas Gerais foi o que apresentou o maior crescimento no período entre 2000 e 2010 com relação aos estados da região Sudeste. Segundo o documento “Mapa da Violência 2012 – Os novos padrões da violência homicida no Brasil”, do Ministério da Justiça, São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram redução na taxa de homicídios.

Em 2010, Minas registrou um índice de 18,1 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Essa taxa coloca o Estado na quarta posição do ranking nacional, atrás apenas de Santa Catarina (12,9), Piauí (13,7) e São Paulo (13,9).

Criminalidade

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