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Delegado disse que discussão seria porque duas jovens são homossexuais.
Envolvidos prestaram depoimento e devem sofrer penas alternativas.

A mãe de uma aluna aplicou golpes de faca em duas estudantes na tarde desta quinta-feira (22), dentro da sala da diretoria em uma escola estadual, em Galia (SP). De acordo com a Polícia Civil, as três estudantes, uma maior de idade, discutiram e uma delas foi agredida.
A direção pediu a presença da mãe da jovem que teria iniciado a confusão. Neste instante, as outras duas teriam invadido a sala da direção. Uma nova discussão foi iniciada e, a mãe, que portava uma faca, pegou o objeto e acertou as duas estudantes no braço.

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  • Jovem é agredida na porta da escola por mãe de aluna com quem discutiu

A polícia foi acionada e levou as pessoas envolvidas à delegacia. Depois de prestarem depoimento foram liberadas. As duas jovens atingidas pelas facadas passaram pelo Pronto-Socorro e estão bem.

Objeto foi apreendido pela polícia da cidade (Foto: Reprodução/TV Tem)Objeto foi apreendido pela polícia da cidade (Foto: Reprodução/TV Tem)

O delegado informou que o motivo da discussão teria sido provocada porque duas das trêsestudantes são homossexuais. Já uma pessoa da família da autora das facadas disse que ela está em tratamento psicológico.
Os envolvidos assinaram um termo circunstanciado e deverão sofrer uma pena alternativa, como prestação de serviços à comunidade ou pagamento de cesta-básica.
Outros casos
A agressão em Gália foi a terceira registrada em escolas do Centro-Oeste Paulista em uma semana. Na quarta-feira (21), a diretora de uma escola estadual de Marília (SP) quando chegava ao trabalho na escola estadual Valdemar Muniz. De acordo com informações da polícia, o pai de três alunos da escola se alterou por não concordar com o regimento da escola, que não permite que estudantes atrasados entrem na primeira aula.
De acordo com boletim de ocorrência, a mulher foi agredida com chutes e socos. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação disse que a diretora recebeu todo o apoio e atendimento médico e que Diretoria de Ensino vai comunicar o fato ao Ministério Público.
Na segunda-feira (19), um aluno de dezessete anos agrediu um professor após ser repreendido por estar fora da sala de aula. O adolescente deu socos e chutes na vítima. O jovem precisou ser contido por outras duas professoras que estavam no local. A Secretaria de Educação informou que o aluno foi suspenso por três dias.

 

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Segundo diretor, comissão vai ouvir estudantes e funcionários.
Caloura contou que foi amarrada, mas não entendeu caso como agressão.

Uma comissão de sindicância vai ser aberta para apurar se houve violência durante um trote no Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nesta quinta-feira (22), alunas do curso de turismo teriam sido amarradas a uma árvore e submetidas a brincadeiras de cunho sexual. De acordo com o diretor para Assuntos Estudantis, Luiz Guilherme Knauer, nenhuma denúncia foi formalizada, mas estudantes e funcionários serão chamados para esclarecer o que teria ocorrido.

Uma estudante do curso de turismo contou que foi amarrada por outros estudantes, mas que não entendeu a situação como um tipo de agressão. “Estou feliz por entrar na universidade, acho que vale participar”, contou a caloura Francielle Chaves, de 17 anos. Assim como outras estudantes, ela foi suja de tinta, ovo e café.

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“Os trotes são proibidos dentro da universidade, mas, quando acontecem, seguranças e representantes da UFMG comparecem ao local para conversar com os participantes e tentar evitar confusões”, disse Knauer. Na manhã desta quinta-feira (22), segundo ele, seguranças pediram aos estudantes a interrupção do trote.

Os funcionários vão ser ouvidos formalmente pela comissão de sindicância. Ainda de acordo com a universidade, as calouras se recusaram a abandonar o trote, alegando que estavam participando de forma espontânea. Caso fique comprovado a prática de atitudes violentas, os envolvidos podem ser punidos com advertência, suspensão ou expulsão.

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GANGUE DE MENINAS

HISTÓRICO

OUTROS CASOS

 

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Agressão foi em uma escola em Coronel Fabriciano.
Motivo seria um bilhete apreendido pela professora.

Uma professora foi agredida dentro da sala de aula em Coronel Fabriciano, na Região do Vale do Aço, em Minas Gerais. Um vídeo mostra o momento em que uma aluna dá um tapa no rosto da professora.
A agressão aconteceu na Escola Estadual Rotildino Avelino. Um aluno tentou controlar a confusão, mas a agressora ainda deu outro tapa no rosto da professora, ao sair da sala. Segundo a superintendente de ensino de Coronel Fabriciano, Maria do Carmo Silva Melo, a estudante se irritou porque a professora pegou um bilhete que estaria sendo passado pela aluna a uma colega de classe.
O conteúdo do bilhete não foi revelado. A superintendente disse ainda que foram tomadas medidas educativas e que a professora já desculpou a aluna. O Conselho Tutelar disse que vai levar o caso ao conhecimento do Ministério Público.

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Crimes violentos aumentaram cerca de 11% em 2011 em Minas Gerais, conforme números divulgados nesta quarta-feira (29)

Toninho Almada/Arquivo Hoje em Dia

Violencia

No esquema, homicídios eram registrados como encontro de cadáver

As estatísticas de criminalidade em Minas Gerais nos últimos cinco anos podem ser alvo de uma auditoria. O requerimento foi redigido por deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), após denúncias publicadas pelo Hoje em Dia sobre maquiagem de Boletins de Ocorrência (BO) e manipulação dos dados. Assim que for aprovado, o pedido será encaminhado ao governador Antonio Anastasia. Nesta quarta-feira (29), a Secretaria de Defesa Social (Seds) divulgou os dados de criminalidade no Estado em 2011. Segundo as estatísticas,  a taxa de crimes violentos em Minas Gerais – homicídios, tentativas de homicídios, estupros, roubos e roubos a mão armada – aumentou 10,80% em 2011, em comparação a 2010.

A sugestão da auditoria foi apresentada pelo professor da PUC Minas e ex-secretário de Estado de Defesa Social, Luís Flávio Sapori, durante audiência pública conjunta das Comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública, nesta quarta-feira. Segundo ele, existem fortes indícios de que os dados sobre a violência em Minas estão sendo “maquiados”. O pesquisador advertiu ainda que, nos últimos anos, aumentou muito o registro de “encontro de cadáveres” no Estado, enquanto as estatísticas de “homicídios” vêm diminuindo. “Esta é uma indicação clara de que alguma coisa está errada”, disse Sapori.

Já o deputado Sargento Rodrigues (PDT), um dos autores do requerimento para a realização da audiência pública, afirmou que o esquema prejudica o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a área de segurança. “A maquiagem dos dados provoca a elaboração de políticas públicas equivocadas. É preciso seriedade para tratar o problema”, afirmou o parlamentar.

O subsecretário de Integração da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Frederico César do Carmo, afirmou que diariamente são produzidos mais de 6.000 Registros de Eventos de Defesa Social (Reds), e que a imprensa se baseou em meia dúzia de registros “mal feitos e mal redigos” para publicar a denúncia. “Não se pode pegar meia dúzia de registros apresentados à imprensa e achar que eles representam a totalidade de Reds”, afirmou.

Sobre a possibilidade de uma auditoria nos dados publicados pela Seds, o subsecretário garantiu que não há motivos para se preocupar. “Se o governador aceitar o requerimento de auditoria, ela será realizada com tranquildiade e transparência”. Ele disse ainda que a possibilidade de uma auditoria já havia sido discutida internamente.

Pressão sobre policiais para “maquiar” violência

Por outro lado, representantes da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra) e do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol) confirmaram a pressão sobre os policiais civis e militares para “maquiar” casos de violência registrados no Estado.

O coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Aspra, Luiz Gonzaga Ribeiro, confirmou que os militares recebem orientação de comandantes para subnotificar crimes violentos e disse que os policiais que não cumprem as orientações sofrem punições. “Os militares sofrem um processo pesado de assédio moral, como represálias veladas. Eles são punidos na avaliação de desempenho, na avaliação de ficha de promoção e com transferências, o que não configura uma punição formal, denunciou.

Já o presidente do Sindipol, acrescentou que, para aumentar a estatística de apreensão de drogas, os policiais estão fracionando as quantidades capturadas. “A maquiagem de ocorrências acontece de duas formas. Nos crimes violentos há um eufemismo e, no caso da apreensão de drogas, acontece uma maximização, criando uma falsa percepção de que a polícia está acabando com o tráfico de drogas nas ruas”, apontou.

O pedido de auditoria foi motivado por denúncias sobre um esquema de maquiagem de boletins, publicadas na edição de 6 de fevereiro. Segundo denúncias de policiais, o objetivo seria reduzir estatísticas de crimes violentos em Minas Gerais e cumprir metas anuais estabelecidas pela Seds. Nesse sentido, um homicídio era registrado como encontro de cadáver e uma tentativa de homicídio se transformava em lesão corporal.

Estatísticas

Após as denúncias de manipulação dos dados, a Seds divulgou que a taxa de crimes violentos no Estado quase aumentou 11% em 2011, em comparação com o ano passado. Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a taxa de crimes violentos aumentou de 28.197 em 2010, para 32.680 em 2011, o que representa um aumento de 14,5%. Em Belo Horizonte, a taxa subiu em 11,4%. Em números absolutos, o crescimento foi de 17.369 ocorrências para 19.487.

Os dados foram levantados pelo Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds) com base nas ocorrências registradas no Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), no banco de dados da Polícia Militar (SM-20) e na Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV). Em 2011, o número de ocorrências aumentaram de 50.625 para 56.593.

Nas estatísticas sobre homicídios, Minas Gerais foi o que apresentou o maior crescimento no período entre 2000 e 2010 com relação aos estados da região Sudeste. Segundo o documento “Mapa da Violência 2012 – Os novos padrões da violência homicida no Brasil”, do Ministério da Justiça, São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram redução na taxa de homicídios.

Em 2010, Minas registrou um índice de 18,1 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Essa taxa coloca o Estado na quarta posição do ranking nacional, atrás apenas de Santa Catarina (12,9), Piauí (13,7) e São Paulo (13,9).

Criminalidade

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Por Marcelo Semer
Dia primeiro de janeiro de 2011, o país assistiu a cena até então inédita: uma mulher recebendo a faixa de presidente da República e passando em revista as tropas militares.
Enquanto o Brasil parava para ouvir o discurso de Dilma, parte dos twitteiros que acompanhavam plugados à cerimônia, se deliciava fazendo comentários irônicos e maldosos sobre a primeira vice-dama, Marcela Temer.
Loira, jovem e ex-miss, a esposa de Michel Temer virou imediatamente um trending topic. Foi chamada de paquita, diminuída a seus atributos físicos e acusada de dar o golpe do baú no marido poderoso e provecto. Tudo baseado na consolidação de um enorme estereótipo: diante da diferença de idade que supera quatro décadas e uma distância descomunal de poder, influência e cultura, só poderia mesmo haver interesses.
Essa é uma pequena mostra do quanto Dilma deve sofrer para romper as barreiras atávicas do preconceito de gênero, ainda impregnadas na sociedade. Se não fosse justamente pela superação dos estereótipos, aliás, Dilma jamais teria chegado aonde chegou.
Mulher. Divorciada. Guerrilheira. Ex-prisioneira. Quem diria que seria eleita para ser a chefe das Forças Armadas? Superar estereótipos é o primeiro passo para romper preconceitos. O exemplo de Lula mostrou, todavia, como sua tarefa não será fácil. O país aprendeu a conviver com a sapiência de um iletrado retirante, mas os preconceitos regionais e o ódio de classe não se esvaziaram tão facilmente.
A avalanche das “mensagens assassinas”, twitteiros implorando por um “atirador de elite” na posse, só comprova o resultado alcançado pelo terrorismo eleitoral. Dilma sabe dos obstáculos a vencer e é por este motivo que iniciou seu discurso enfatizando o caráter histórico do momento que o país vivia, fazendo-se de exemplo para “que todas as mulheres brasileiras sintam o orgulho e a alegria de ser mulher”.
Em dois discursos recheados de assertivas e recados, não faltou uma lembrança emocionada a seus companheiros de luta contra a ditadura, que tombaram pelo caminho. Mais tarde, receberia pessoalmente suas ex-colegas de prisão. Não esqueceu das “adversidades mais extremas infligidas a quem teve a ousadia de enfrentar o arbítrio”. Não se arrependeu da luta, justificando-se nas palavras de Guimarães Rosa: a vida sempre nos cobra coragem. Mas, mulher, adverte Dilma, não é só coragem, é também carinho.
É essa mulher, misto de coragem e carinho, que seu exemplo espera libertar do jugo de uma perene discriminação. Discriminação que torna desiguais as oportunidades do mercado de trabalho, que funda a ideia de submissão, e que avoluma diariamente vítimas de violência doméstica, encontradas nos registros de agressões corriqueiras e no longo histórico de crimes ditos passionais, movidos na verdade por demonstrações explícitas de poder, orgulho e vaidade masculinas.
Temos um longo caminho pela frente na construção da igualdade de gênero. Nossos tribunais de justiça são predominantemente masculinos, porque os cargos de juiz foram explícita ou implicitamente interditados às mulheres durante décadas. Houve quem justificasse o fato com as intempéries da menstruação e quem estipulasse que professora era o limite máximo para a vida profissional da mulher. Nas guerras ou ditaduras, as mulheres além dos suplícios dos derrotados, ainda sofrem com freqüência violências sexuais, que simbolicamente representam a submissão que a vitória militar quer afirmar.
Mulheres são maioria nas visitas semanais de presos. Mas quando elas próprias são encarceradas, as filas nas penitenciárias se esvaziam. Com muito sofrimento e demora, sua luta é para garantir os direitos já conferidos a presos homens. Sem esquecer as incontáveis mulheres de triplas jornadas, discriminadas pela condição quase servil de dona de casa, que se obrigam a cumular com suas tarefas profissionais e maternas.
Que a posse de Dilma ilumine esse horizonte ainda lúgubre de preconceito, no qual os estereótipos da mulher burra, submissa e instável, predominam na sociedade. E que, enfim, possamos aprender, com as mulheres, a respeitar sua igualdade e suas diferenças. Pois, como ensina Boaventura de Sousa Santos, elas, mais do que ninguém podem dizer: “Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza”. Façamos, assim, de 2011, um ano mulher.
*Siga @marcelo_semer no Twitter Marcelo Semer é Juiz de Direito em São Paulo. Foi presidente da Associação Juízes para a Democracia. Coordenador de “Direitos Humanos: essência do Direito do Trabalho” (LTr) e autor de “Crime Impossível” (Malheiros) e do romance “Certas Canções” (7 Letras). Responsável pelo Blog Sem Juízo .

Fale com Marcelo Semer: mailto: marcelo_semer@terra.com.br Opiniões expressas aqui são de exclusiva responsabilidade do autor e não necessariamente estão de acordo com os parâmetros editoriais de Negriara .

PEP EJA – VESPASIANO/MG 2010

Publicado: 29/12/2010 em Educação

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“A cada dia de nossas vidas, aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Que o novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma benção de Deus.”
“Um otimista fica acordado até meia-noite para ver a entrada do ano novo. Um pessimista fica acordado para ter a certeza de que o ano velho se foi.” (Bill Vaughn)